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Para Marcio Lacerda, os 300 anos de Venda Nova representam um grande impulso que o ouro deu ao crescimento e povoamento da região. “Venda Nova é uma riqueza de Belo Horizonte porque tem um povo devoto, trabalhador e generoso que carrega as mais belas tradições mineiras da capital. Além disso, a região tem uma boa qualidade de vida e está em pleno desenvolvimento”, ressaltou.
Entre tantos presentes que a região ganhou, um deles é o Memorial do Caminho (rua Érico Veríssimo, 1.428, bairro Rio Branco), que consiste em uma instalação com documentos e a logomarca do aniversário. A exposição é composta pelo mapa do distrito, confeccionado no final do século 19, e a cópia da carta enviada por moradores da região de Venda Nova, no final do século 18 à então rainha de Portugal, D. Maria I, solicitando a construção de uma capela dedicada a Santo Antônio de Lisboa, cujo documento original está guardado na Torre do Tombo, em Portugal. Apresenta ainda fotografias do acervo da Comissão de História de Venda Nova e quadros em óleo sobre tela, pintados com motivos da região. Para a historiadora e gerente do Centro Cultural Venda Nova, Ana Maria Silva, o Memorial do Caminho é uma forma de divulgar e contar a história da região para a comunidade. “Este monumento reúne diversos documentos, desde a doação de sesmaria até processo de emancipação da região, principalmente na década de 60”, contou.
Novas obras
Durante as comemorações, o prefeito Marcio Lacerda anunciou novas obras para a região de Venda Nova. As escolas municipais Tancredo Phideas Guimarães (Vila Satélite), Moysés Kalil (bairro Mantiqueira) e Tancredo Neves (bairro Céu Azul) serão reformadas. No Centro de Venda Nova será construída a Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Casarão e, no bairro São João Batista, a Umei Casa Azul. Os campos Lagoa (bairro Lagoa) e CAC Venda Nova (bairro Piraúna) receberão reformas. A avenida Padre Pedro Pinto será revitalizada no trecho entre as avenidas Pedro I e Elias Antônio Issa, totalizando, aproximadamente, 2,6 km. Serão feitos levantamentos topográficos, estudo hidrológico, sondagem, um anteprojeto urbanístico e projetos de infraestrutura urbana.A origem de Venda Nova
De acordo com a tradição oral, o distrito de Venda Nova começou a ser povoado em 1711 e era pouso de tropeiros que passavam pela região, vindos da Bahia, seguindo o rio São Francisco e, depois, o rio das Velhas, para abastecerem as minas de ouro. A sesmaria que deu origem ao distrito foi doada a Ignácio da Rocha Feyo pelo reino de Portugal em 23 de janeiro de 1711. Sesmarias eram grandes terrenos doados pelo rei de Portugal a quem quisesse explorá-los. O mais antigo documento conhecido sobre Venda Nova é a solicitação de uma licença para funcionamento de uma “venda” em 1781. Esse fato mostra a vocação comercial do distrito. No início do povoamento, as principais atividades eram o comércio, a agricultura e pecuária. Não se tem certeza, apesar das muitas pesquisas, do motivo do nome Venda Nova. Consta da tradição oral que um comerciante construiu uma “venda” maior e mais bem feita e que então os viajantes falavam: “Vamos parar naquela venda nova” e o nome ficou.
Bairro Serra Verde tem centro de saúde reformado e nova biblioteca
Durante as comemorações do tricentenário da região de Venda Nova, o prefeito Marcio Lacerda, além de anunciar novas obras, entregou novos equipamentos para a população. A Escola Municipal José Maria Alkimim, no bairro Serra Verde, ganhou novas instalações para sua biblioteca, batizada de Lúcia Monteiro Casassanta, que ganhou novas salas, uma delas de vídeo. Além disso, a escola também passou por obras para adequar o prédio às normas de acessibilidade e de prevenção e combate a incêndios. O empreendimento, aprovado no Orçamento Participativo, recebeu investimentos de mais de R$ 1,6 milhão.
A solenidade de entrega das obras na escola, que atende atualmente 1.040 alunos, foi realizada ontem e contou com as presenças da secretária municipal de Educação, Macaé Evaristo, da secretária regional Venda Nova, Flávia Mourão, da diretora da escola, Andrea dos Reis Lima, e do gerente do Orçamento Participativo na regional, Joel Pereira, entre outras autoridades. Marcio Lacerda destacou os investimentos que têm sido feitos na área de Educação e afirmou que o setor tem contribuído muito para a qualidade de vida na capital. “A população está fazendo um esforço coletivo para melhorar a qualidade do ensino da Rede Municipal de Educação. Belo Horizonte é grata pelo trabalho que tem sido feito na área, que beneficia todos os cidadãos da cidade”, disse.
Macaé Evaristo falou sobre a importância da escolha da biblioteca como uma obra contemplada pelo Orçamento Participativo e destacou a participação da comunidade na gestão pública municipal. “A indicação de uma biblioteca para o OP demonstra a preocupação da comunidade do bairro Serra Verde com a Educação. Pedir mais livros significa pedir mais cultura e a comunidade realmente precisa disso”, afirmou.
Diretora da Escola Municipal José Maria Alkimim, Andrea Lima disse que as obras realizadas representam uma conquista da comunidade escolar, que é bastante participativa no processo do OP. “A comunidade da escola tem uma participação efetiva, ajudando a escolher obras não só da própria escola, como também melhorias em todo o bairro”, afirmou.
Centro de Saúde
Também no bairro Serra Verde, o prefeito entregou para a população as obras de reforma e ampliação do Centro de Saúde Serra Verde. As intervenções incluíram a reforma dos dois blocos já existentes e a construção de um novo bloco. O bloco um ganhou novas instalações sanitárias, novo consultório e sala de observação com banheiro. O bloco dois também foi contemplado com reforma geral e implantação de vestiários para funcionários, dois banheiros públicos, sala para reuniões, reforma da sala de Zoonose e do consultório de Odontologia. No novo bloco, foram construídos consultórios, farmácia, refeitório e cozinha. A obra no centro de saúde, que fica localizado na rua Guido Leão, 10, recebeu investimento superior a R$ 1,2 milhão.
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